Os recentes focos de aftosa registrados em municípios do Mato Grosso do Sul caíram como uma bomba na cadeia de carne, juntamente no momento em que o setor se preparava para fechar 2005 como líder no segmento de exportação do agronegócio, superando a soja.
Embora a história se repita, os desdobramentos são bem mais sérios e graves do ocorrido no ano passado, quando dois focos, um no Pará e outro no Amazonas, quase puseram em cheque a carne brasileira diante do mercado internacional, levando a um embargo temporário. De junho do ano passado até início de outubro deste ano, governo, pecuaristas e nossa força-tarefa diplomática conseguiram convencer a comunidade internacional sobre a seriedade do nosso programa de vigilância sanitária. Tanto que as vendas até agosto deste ano já somava US$ 6 bilhões para todo o setor de carnes.
O quadro obrigará todos os agentes a tomar medidas bem mais austeras e eficientes, em várias frentes, inclusive a de contenção de custos, no objetivo de amenizar a difícil situação que se avizinha com o crescimento dos embargos. Afinal, isso já significa, neste momento, prejuízo direto superior a US$ 1 bilhão. A suspensão anunciada pela União Européia de carnes bovinas desossadas e maturadas provenientes de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná devem derrubar quase 60% do que o Brasil exporta para aquele mercado. O bloqueio atinge mais da metade dos fornecedores brasileiros, principalmente os que operam pelo Porto de Santos. Quem garante que os embargos caem dentro de um ano, se todos os requisitos forem atendidos? Quais são as previsões de renomados especialistas sobre a duração dos embargos? Mas o pesadelo não pára por ai: a exportação de suínos, que gera US$ 1 bilhão por ano, já enfrenta seus primeiros embargos e, certamente, será a bola da vez.
Neste cenário, os empresários do setor estão atônito, pois novos focos podem aparecer a qualquer momento, agravando ainda mais a situação.
Venham saber como dimensionar o que o efeito-aftosa representa para seus negócios e em que medida será necessárias uma revisão do planejamento, desde as vendas no curto prazo até a decisão de desativar unidades de produção.
PROGRAMA |
8h30 — Abertura e Credenciamento
9h00 — A volta da aftosa: como a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária se articula com o governo evitar a disseminação de novos focos
Antenor Nogueira
Presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da CNA Brasil
9h45 — Impacto dentro da porteira: estimativas de prejuízos e consequências a médio e longo prazo para a classe pecuarista
João de Almeida Sampaio
Presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB)
10h30 — Coffee Break
10h45 — Gestão Sanitária e análise dos pontos críticos na ponta de produção: o que falta para profissionalizar o combate à aftosa
Sebastião Costa Guedes
Presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC)
11h30 — Estimativas de duração dos embargos: implicações de mercado, governo e diplomacia
Cezário Ramalho
Presidente do Conselho de Pecuária de Corte de SP e vice-presidente da SRB
12h15 — Almoço
14h00 — Preços no mercado interno: níveis de aquecimento da demanda e capacidade de absorção de produto
Analista e diretor da FNP ConsultoriaJosé Vicente Ferraz
14h50 — Case da Indústria de carne
Como o frigorífico Quatro Marcos se reestrutura para permanecer ativo no setor exportador: reorientação mercadológica? Novas estratégias?
Diretor do Frigorífico Quatro MarcosJosé Luiz Vianna
15h30 — Coffee-break
16h00 — Suinocultura: políticas integradas para deter o efeito dominó dos embargos comerciais
Presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS)Valdomiro Ferreira Júnior
16h45 — Debate entre os conferencistas e respostas às perguntas do público participante
JornalistaCoordenação Jomar Martins
17h45a — Encerramento
INFORMAÇÕES |
Data
6 de dezembro de 2005
Local
Mercure Paulista Hotel
Rua São Carlos do Pinhal, 97
São Paulo, SP
INSCRIÇÕES |
Você pode efetuar sua inscrição através do telefone (11) 3752-8422
Preço
R$ 1.480,00 para inscrições pagas até dia 28 de
novembro de 2005
R$ 1.640,00 para inscrições pagas após o dia 28 de novembro de 2005